quarta-feira, 20 de maio de 2015

Benjamin e Ruben

PINTURA
Óleo 40x50 - Benjamin e Ruben

Já tenho um segundo neto, o Benjamin. O mais velho, o Ruben já tem quatro anos, e o Benjamin já fez um ano. Para celebrar o seu 1º aniversário, fiz esta pintura.
O Benjamin, com alguns dias de vida, ao colo do irmão mais velho.
Obrigado Susete e Ralph por estas ternurinhas.

Benjamin e Ruben
Pintura a óleo s/tela 40x50.



AGRICULTURA

Feijão de 7 anos ou feijão-de-espanha

Feijão de 7 anos ou feijão-de-espanha
O Nuno Silva (namorado da minha filha Salomé) ofereceu-me um único feijão, igual a estes, e disse-me que eram de 7 anos. Ou seja bastava semear uma vez, que eles nos anos seguintes voltavam a renascer, e não era necessário semear novamente, isto durante sete anos.
Nunca tinha ouvido falar nesta maravilha da natureza, e resolvi experimentar.
O único feijão deu todos estes que aqui estão. E são grandes o dobro dos normais, por isso também lhes chamam feijocas.
Têm uma cor rosada e são raiados.

Em estaca atingem os quatro metros







No ano seguinte semeei uma dúzia deles, estaquei e deu este belo conjunto.
O feijão de 7 anos é uma trepadeira que pode ultrapassar os 3 a 4 metros de altura. Têm flor vermelha, mas também há com flor branca.









Linda flor, é ornamental






A flor, vermelha é muito linda, havendo que as tenha nos seus jardins, por mero gosto ornamental.
É uma planta leguminosa originária da América Central e do México.
Gosta de climas amenos, 14º a 30ºC. Sendo cultivada nos meses quentes do ano. Gosta da terra húmida, sem ser encharcada, e algumas horas de luz solar direta.
Os feijões devem ser semeados a cerca de 5 cm de profundidade e espaçados de 15 cm.
Devem ser retiradas todas as ervas invasores, que vão nascendo em seu redor, pois vão comer os nutrientes necessários ao seu desenvolvimento.



Vagem verde
Vagem madura


















Devem ser colhidos entre os 90 e os 120 dias após a semeadura. Com as vagens verdes, os feijões podem ser comidos depois de cozidos, nunca devem ser comidos crus. Com as vagens secas os feijões podem ser comidos como qualquer feijão normal, em sopas e feijoadas. São também utilizados como sementes.

No ano seguinte a renascer
No inverno todas as hastes secam, e os feijões voltam a renascer na primavera seguinte. É o que está aqui a acontecer. É possível ver os feijões a rebentar no local onde ainda estão secos os do ano anterior.

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Barcos Rabelos

PINTURA
Barcos Rabelos - Pintura a óleo s/ tela
Todos os anos no dia de S. João (24 de junho), o Porto enche-se de cor com a regata dos barcos rabelos, organizada pela Confraria do Vinho do Porto.
Este ano já está a ser organizada a 31ª edição.
Os barcos rabelos foram o primeiro meio de transporte a trazer o vinho do Porto, do alto douro onde era produzido, até aos armazéns em Vila Nova de Gaia, onde era armazenado e depois comercializado para todo o mundo. Esta difícil viagem era feita pelo rio Douro.
Com a construção da via férrea e as novas estradas, este meio de transporte deixou de ser utilizado. Os rabelos entraram em degradação acelerada, e para que não se perdessem a Confraria do Vinho  do Porto decidiu organizar a regata.
Os barcos foram recuperados pelas marcas do Vinho do Porto, alegram a festa de S. João e ultimamente servem para passear turistas.
A regata parte da praia do Cabedelo, junto à foz do douro, e termina junto à ponte de D. Luís, depois de percorridos cerca de 4 km.
Na pintura os Rabelos estão enquadrados com a imponente Ponte da Arrábida, uma obra em betão armado, da autoria do eng. Edgar Cardoso, inaugurada em 1963, com 70 metros de altura e 493 de comprimento. Liga o Porto a Vila Nova de Gaia.

Barcos Rabelos
Pintura a óleo s/tela - 40x80

AGRICULTURA
Viveiro de legumes
O mês de março é o ideal para semear os legumes. No ano anterior guardei as sementes, dos melhores frutos, e no início do mês semeei.
Um mês depois estão com este belo aspeto, quase prontos a ser transplantados para o local definitivo.

1 - 12 Tomates coração.
2 - 12 Tomates redondos.
3 - 12 Tomates cereja.
4 - Manjericos para alegrar o S. João.
5 - Rúcula.
6 - Piri-piri. Estão mais atrasados, porque demoram 4 semanas a nascer.
7 - Pencas de Chaves.
8 - Couve tronchuda. Boa para sopa e cozido à portuguesa.
9 - Couve galega. Ideal para caldo verde.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Dragão da Ribeira

PINTURA

Dragão da Ribeira - Pintura a óleo s/ tela
Novamente o meu Porto.
Desta vez dei um toque de surrealismo à pintura.
Os produtos porque a cidade do Porto é mais conhecida no mundo são: o Vinho do Porto e o Futebol Clube do Porto.
Quanto ao vinho coloquei no rio uma garrafa de Porto, ou "Vinho Fino" como se dizia na minha infância. A garrafa é um Cálem, Três Velhotes, aquele que mais associo aos verdes anos.
Quanto ao futebol, comecei por "vestir" a ponte de D. Luís, de Azul e Branco, as cores do clube que já foi campeão do mundo e duas vezes campeão europeu. O símbolo do clube é o Dragão, que está no emblema e dá nome ao próprio estádio. Daí a razão daquele Dragão, nas nuvens, a proteger o estádio que lhe fica por baixo.

Dragão da Ribeira
Pintura a óleo s/ tela: 60x90

AGRICULTURA
MARACUJÁ

Fruto de Maracujá
Não é fácil reproduzir plantas de Maracujá. Os frutos têm muitas sementes, semeio-as e não nasce nada. Já li que a membrana que reveste a semente é muito dura e custa a nascer. Li também que uma das maneiras de tornar a membrana mais macia é comer os frutos, com a acidez do estômago as sementes ficam mais moles, e no dia seguinte aproveitar os dejetos.
Foi o que fiz, mas com pardais!!! Fui deitando sementes para o quintal, os pardais comem-as, no dia seguinte vêm beber no bebedouro que lhes está reservado, depois encarregam-se de fazer a "sementeira".

Plantas jovens de Maracujá
Como podem ver pela imagem ao lado, cá estão os maracujás, semeados com dejetos de passarinho. Este ano já consegui sete. 
Nada mais fácil, sem semear nascem todos os géneros de plantas. Já tive para além dos maracujás: loureiros, figueiras, cidreira, macieiras, pereiras, etc.
Os passarinhos são uns excelentes semeadores.
Flor de Maracujá
Os Maracujás são plantas trepadeiras e atingem os 10 metros de comprimento.





Não resisti a colocar uma flor de maracujá.
Para mim, a mais bonita de todas as minhas árvores de fruto.
A sua beleza atrai as abelhas, e a polinização é perfeita.
Ao centro, já está a espreitar o futuro fruto.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Henrique Cabral Soares

PINTURA


Henrique Cabral  Soares - Pintura a óleo s/ tela
Tal como prometi, estou a oferecer aos meus companheiros do almoço das 5ªs feiras, uma pintura. A regra é simples: têm de demonstrar vontade na pintura e escolher o tema do quadro.
Desta vez o eleito foi o amigo João Cabral.
A escolha foi o seu primeiro neto Henrique, filho da Helena e do Jessé.
O Henrique está prestes a fazer dois anos e a pintura foi realizada a partir duma fotografia, depois de uma tarde de brincadeira.
Depois do Carlos Silva com o "Mar de Dili"
Do Rui Neves com  a "Isabel Pina Neves"
Chegou a vez do João e da Clara com o
"Henrique Cabral Soares"
Pintura a óleo s/ tela, 40x50.


AGRICULTURA

PLANTAÇÃO DE ALHO-FRANCÊS

Plantação de alho-francês




Todos os anos nesta época, costumo plantar cerca de 50 pés de alho-francês.
Já está bastante frio mas esta planta resiste bem ao inverno.
Planto agora, vão crescendo lentamente, e quando chega o calor da primavera, crescem dia-a-dia e logo ficam prontos a comer.
Preparo a terra, com a erva a ficar toda debaixo da terra cavada, faço uns ligeiros regos, e com o ferro do monte faço buracos a cerca de 15 cm uns dos outros, e está pronto a plantar e estrumar.








Alho-francês estrumado






O estrume é o biológico em grão do costume. Uma mão de produto em cada buraco, alguns entram para dentro, os outros ao colocar a planta no buraco caem junto com a terra lateral.
A planta deve ser colocada no buraco, de maneira que fique de fora, apenas, a parte da planta a partir da junção das folhas.










Alho-francês, plantado a ser regado










Após estarem no buraco, e aconchegados com a terra lateral, são regados, de maneira que a água encha o buraco. A terra não deve ser calcada, para que o alho possa alargar sem ter muita resistência.
Ao regar a própria água puxa a terra lateral e a raiz fica com a terra bem agarrada. 
Cerca de três semanas depois, quando já estão pegados e arrebitados, dá-se uma sachadela e a terra aconchega as plantas.

domingo, 17 de novembro de 2013

Salon d'Automne Queirosiano - 2013

PINTURA

Página 4 - Adélio Martins
Capa do catálogo 2013






















Pelo oitavo ano consecutivo a Confraria Queirosiana organizou o Salon d'Automne. Exposição dedicada há pintura, escultura e cerâmica.
Este ano participam 17 artistas. Apresentei três quadros, subordinados ao tema, Vila Nova de Gaia. O evento decorre durante um mês, na sede da confraria, no Solar Condes de Resende em Canelas, Vila Nova de Gaia.
Os meus quadros:
- J. Rentes de Carvalho - Aqui Nasceu
- J. Rentes de Carvalho - O Primeiro Olhar
- Teleférico de Gaia
                (Click para ver)
ALGUNS MOMENTOS

Aspeto geral da exposição

A família a obra e o artista

O artista ladeado pelos amigos José Dias e Adão Borges

Os amigos Isabel e Jorge Medeiros encantados com a neta Mia, já fã do quadro - Aqui Nasceu

O diretor do Solar Condes de Resende, Dr. J. A. Gonçalves Guimarães, brinda ao pintor Adélio Martins

AGRICULTURA

BATATA-DOCE

Fig.1. Caule de batata-doce para plantar


Pela primeira vez, plantei batata-doce. Não sou apreciador, mas tenho na família quem seja.
O meu cunhado José forneceu-me 30 pés para eu experimentar.

Fig.2. Reprodução de batata-doce








O José reproduz os caules a partir de batata colhidas no ano anterior, conforme a fig.2. Em tabuleiro ou em chão húmido coloca as batatas na horizontal, de maneira que só metade da batata fique coberta de terra. A partir daí vai mantendo a terra sempre húmida para que comecem a brotar. Quando os caules, já estão com 7 ou 8 folhas arranca-os junto à batata, que geralmente já trazem alguma raiz. Mas se não tiverem raiz não há problema, pois depois de estarem enterradas rebentam na mesma.
Conforme a fig.3 a plantação deve fazer-se entre maio/junho, e demoram 5 meses a criar, até poderem ser colhidas. Eu plantei em junho e só agora em Novembro é que fiz a colheita.



Fig.3. Batata-doce plantada




São plantadas de maneira que quatro das oito folhas, fiquem debaixo da terra.
A terra deve estar bem cavada e fofa, e bem estrumada.












Fig.4. Batata-doce pronta a colher



Cinco meses após a plantação, as batatas-doce estão prontas a colher. A quantidade da rama é grande, e deve ser cortada, para se poderem ver os pés na hora da colheita.

Fig,5. Planta de Batata-doce com rama cortada











No meio de tanta rama é possível distinguir os pés por serem mais grossos e mais claros, conforme a fig.5.

Fig.6. Batata-doce vermelha.










Os pés devem ser arrancados com muito cuidado, para não ferir os tubérculos. Em tirei-os com uma gadanha de dois dentes, e quase não feri nenhum.



Fig.7. Colheita final


Tinha plantado 30 pés e colhi 40 kg de batatas. Nada de especial, mas o suficiente para durante um ano darem para abrilhantar alguns cozinhados.
Após a colheita devem ficar umas horas ao sol, para que a casca fique mais resistente.
Tinha pés brancos e vermelhos misturados, mas cheguei à conclusão que os vermelhos se dão melhor no meu terreno. Produzem em maior quantidade e são mais sãs.
Para o ano vou plantar só das vermelhas.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Teleférico de Gaia

PINTURA

Teleférico de Gaia
Fui pela manhã até ao cais de Gaia. O movimento era pouco, e só o angariador, esperava os turistas para um passeio de barco.
Resolvi pintar um pouco da modernidade do cais e destacar o novo teleférico. No mês em que Luís Filipe Menezes deixou a câmara, ao fim de 12 anos, resolvi pintar uma das suas obras. Sem entrar em pormenores de cariz económico, devo reconhecer que Filipe Menezes, deixou uma grande marca em Vila Nova de Gaia. Frente ribeirinha do Douro, frente marítima, rede viária, são algumas das suas obras que não é possível ignorar.
Quanto ao teleférico, começou a ser construído em Março de 2009 e foi inaugurado em Abril de 2011. Liga o Cais de Gaia ao tabuleiro superior da Ponte de D. Luís, através da estação do Jardim do Morro, a estação motora. A ligação é feita em cerca de 4 minutos depois de percorridos 562 metros e vencida uma cota de 57 metros. Tem 12 cabines, cada uma com capacidade para 8 passageiros.

Teleférico de Gaia
Pintura a óleo sobre tela 50x60.


AGRICULTURA

NABOS DE 60 DIAS

Nabos em tabuleiro
Resolvi semear nabos de maneira diferente do habitual.
O normal é preparar a terra e espalhar as sementes. Mas por muita técnica que se tenha, alguns bocados de terra ficam com sementes em excesso e outras com sementes em falta.
Li que era possível fazer a sementeira em viveiro e depois transplantar para o local definitivo.
Foi o que fiz. Uma semente em cada alvéolo. Em três dias estavam a nascer e quinze dias depois, prontos a ser transplantados, tal como na imagem ao lado.

Nabos transplantados

Nabos prontos a colher
Preparei a terra. Bem cavada e bem mexida. Estrumei com o biológico em grão do costume e toca a transplantar como na imagem acima. O tabuleiro tinha 77 plantas (11x7) e coloquei-as a cerca de 15 cm umas das outras. Não estranharam nada o transplante e cresceram dia a dia. Em dois meses estavam prontos a colher, por isso se chamam nabos de 60 dias. Vou colhendo conforme as necessidades, e dão para abastecer a cozinha durante mais dois meses.
Tal como diz o povo, o ideal é "Sol na eira e chuva no nabal". Tempo quente e bem regados é vê-los crescer todos os dias.
Semeei os primeiros em Julho e já vou na segunda rodada.

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Isabel Pina Neves



PINTURA
Isabel Pina Neves

O famoso grupo dos almoços das quintas-feiras, tem a promessa que todos serão contemplados com uma pintura minha. A regra é simples: terão que demonstrar vontade na pintura e o tema é à sua escolha.
Depois do Carlos Silva ter escolhido o "Mar de Dili" chegou a vez do Rui Neves, promotor destes brilhantes encontros das quintas, ser o agraciado.
O quadro que escolheu foi a futura mãe dos seus filhos (Rui e Pedro) quando ainda em fase de namoro.
A pintura foi realizada a partir de uma fotografia original, quando a Isabel tinha 21 anos.


Isabel Pina Neves
Pintura a óleo s/ tela 50x40



AGRICULTURA

"CAPAR" TOMATES
Hoje vou falar de tomateiros. Em Março/Abril é feita a plantação. Quando atingem a altura de cerca de 40 cm, é necessário começar a operação de capagem.
Fig.2 - Tomateiro já "capado"
Fig.1 - Tomateiro a precisar de ser "capado"





















O "capar" dos tomateiros é uma operação necessária para que a planta não fique com excesso de folhagem e frutos pequenos. Cada planta deve ficar com uma ou duas hastes centrais e serem cortadas todas as laterais, chamadas "ladrões" que nascem nas axilas das folhas e que só servem para comer os nutrientes que a planta necessita para alimentar os frutos. Eu comecei por deixar uma única haste, mas como o Minho tem dias muito quentes no verão, passei a deixar duas. A vantagem é proteger os frutos com a sombra das folhas. Nesses dias quentes o sol acaba por queimar alguns frutos, com duas hastes estão mais protegidos.
Na figura 1 vê-se um desses "ladrões" que já está cortado na figura 2. Cortei rente há folha mas há quem deixe cerca de 1 cm do ladrão. Cortando rente passadas duas semanas o ladrão volta a nascer. Deixando 1 cm demora o dobro do tempo a nascer.

Fig.3 - Tomateiros cereja (chérry)
Nos tomateiros cereja (chérry) quase não capo, deixo crescer todas as hastes. Alguns ficam com cinco ou seis hastes principais, e só nessas é que corto ao "ladrões". Os tomatinhos ficam mais pequenos, mas como são para misturar inteiros nas saladas, não há problema. São mais pequenos mas produzem às centenas. Este ano só plantei quatro pés e como podem ver na fig.3 é uma fartura.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

J. Rentes de Carvalho - O primeiro olhar

PINTURA
J. Rentes de Carvalho - O Primeiro Olhar

Com  esta pintura termino a trilogia a que me propus sobre o escritor J. Rentes de Carvalho. Comecei por Estevais, seguiu-se o Aqui Nasceu e agora O Primeiro Olhar.
Este terceiro trabalho é também sobre o romance "Ernestina" mãe do escritor que o definiu assim: «Mãe de um só filho, a sua vida, que foi de uma de tristeza, amargura e terrível solidão, dava um livro. Escrevi-lho eu.
J. Rentes de Carvalho nasceu a 15 de Maio de 1930, em Vila Nova de Gaia no Monte dos Judeus, onde segundo Rentes de Carvalho, Deus criou o mundo. Esta era a vista que o jovem Rentes tinha da sua casa. A Rua do Monte dos Judeus, hoje chamada Monte Coimbra que termina nesta escadaria antes de chegar ao largo fronteiro à casa onde nasceu. Na infância o escritor achava este local vasto como um mundo, hoje acha-o um espaço diminuto ao cimo de uma tosca e estreita escadaria medieval. Foi a imagem dessa vastidão que tentei recriar, talvez de 1934 quando o escritor começou a perceber o mundo. 
Na imagem com o rio Douro como pano de fundo, na época o principal porto comercial do norte do país, com inúmeros barcos à vela e alguns já a vapor, está, em plano de destaque o avô José Maria, herói do nosso jovem, a chegar de mais um dia de trabalho no posto da Guarda Fiscal da Afurada, que chegou a comandar. Acompanhado do inseparável jornal " O Primeiro de Janeiro" que serviu para o pequeno Rentes aprender a ler. 
A imagem do avô José Maria foi inspirada em fotografias fornecidas pelo próprio J. Rentes de Carvalho ao blog "Picachouriços" cujo tema é a Guarda Fiscal.

Pintura a óleo s/ tela - 60x80
J. Rentes de Carvalho - O Primeiro Olhar

AGRICULTURA

A SACHA DAS BATATAS 
Batatas a precisar de ser sachadas




A sacha das batatas é um momento importante da sua cultura.

Cerca de um mês após a plantação é a altura de serem sachadas. As ervas começam a nascer por todo o lado e se choveu a terra fica um bocado dura.

Devemos esperar por um dia de sol, pois o simples revolver da terra é o suficiente para que a erva fique com a raiz de fora e acabe por secar.



Batatas a ser sachadas
Batatas sachadas.

A sacha é um trabalho simples. Entre as fileiras das batatas vão-se criando uns pequenos regos puxando a terra para a batateira.
As batatas já devem ter entre 15 e 20 cm de altura para que os pés fiquem aconchegados com a terra, sem cobrir as folhas das batateiras. Com este aconchego as batatas que vão crescer no subsolo ficam bem cobertas de terra, e não correm o risco de crescer descobertas, pois ficariam esverdeadas e com mau sabor. 
Com as batatas sachadas num dia soalheiro, a maior parte da erva fica seca, e a que não fica rapidamente é coberta com as folhas das batateiras, que crescem rapidamente. 
Este trabalho é feito cerca de um mês após a plantação. Agora é esperar mais dois meses para que possam ser colhidas. Até lá o único trabalho a fazer é ir matando algum escaravelho que apareça e sulfatar se o tempo ficar chuvoso. 
Aspeto geral no final de Maio
Quinze dias após a sacha, toda a terra fica coberta com a rama das batateiras, como é visível neste aspeto geral.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Porto, Barredo - Casa da Torre

PINTURA

Porto - Ribeira Barredo - Casa da Torre
O centro histórico do Porto é uma fonte inesgotável de inspiração para novos quadros. 
Fui novamente até ao Barredo na Ribeira do Porto e escolhi este belo recanto.
Toda em granito com escadas é a "Casa da Torre" que segundo a placa existente no local, representa o mais antigo exemplar da arquitectura civil do período medieval sobrevivente no quarteirão do Barredo, devendo a sua construção remontar ao séc. XIII. 
Fica na Rua de Baixo e é provavelmente o edifício civil mais antigo da cidade.


Pintura a óleo s/ tela: 40x30
Ribeira do Porto
Barredo
"Casa da Torre"





AGRICULTURA
Viveiro de Plantas
Hoje é cada vez mais fácil encontrar casas que vendem plantas para transplantar. Eu compro num local em que existe praticamente todo o tipo de plantas. 
Até as mais improváveis aparecem, como: ervilhas, feijões, espinafres, alho-francês, rucula, salsa, coentros, etc.
O mês de Abril é o melhor mês para plantar as novidades.





Minha Compra

Esta semana a minha compra foram: 30 pés de alface, 10 pepinos e 5 courgettes. A minha compra não chegou a 5€. Comprei só isto, porque já tinha plantado tomates e pimentos. As courgettes e os pepinos são mais sensíveis ao frio pelo que é melhor deixar aquecer o tempo e só agora plantar.






Courgette pronta a plantar
Pepinos plantados





















Depois da terra estar preparada, toda revolvida e com as ervas enterradas, é só fazer um pequeno buraco,  estrumar, (eu uso estrume biológico em grão, como é visível), e plantar. Deixar as plantas afastadas cerca de 20 cm umas das outras e nunca tapar o olho. A partir de agora é só regar ir arrancado as ervas daninhas que vão aparecendo, deixar crescer e colher.

terça-feira, 26 de março de 2013

J. Rentes de Carvalho - Aqui Nasceu

PINTURA
J. Rentes de Carvalho - Aqui Nasceu

Foi nesta casa em Vila Nova de Gaia que a 15 de Maio de 1930, nasceu o escritor J. Rentes de Carvalho. O seu monte, a sua rua, a sua casa com escadas.
Nove meses após a festa de S. Lourenço em Estevais de Mogadouro, Trás-os-Montes, nascia J. Rentes de Carvalho. Foi nessa festa a 10 de Agosto de 1929 que o escritor julga que foi gerado. São revelações do seu romance "Ernestina" para mim, a sua melhor obra.
Esta era a casa do seu avô José Maria, um seu herói, e onde Rentes de Carvalho foi criado. José Maria guarda-fiscal de profissão, comandou o posto da Afurada, era um pedagogo nato, e era ao colo do avô, que através da janela, o jovem Rentes de Carvalho aprendeu a ver a cidade do Porto, o panorama do rio Douro, as suas cheias, a ponte de D. Luiz, os armazéns do Vinho do Porto, o fogo de artifício na noite de S. João. 
O avô através da janela tudo lhe ensinava. Ansioso esperava o seu herói sentado no cimo das escadas. O avô era a calma e o aconchego. Em frente a sua casa ficava o Largo do Monte dos Judeus, isto na boca do povo, hoje chama-se: Monte Coimbra. Para o jovem Rentes este largo era vasto como um mundo, hoje é um espaço diminuto ao cimo de uma tosca e estreita escadaria medieval. Brincava à porta de casa, um espaço não calcetado, poiso de cães e gatos vadios, esperando pelo avô, que trazia o "Janeiro" onde aprenderia a ler. Aqui passou a adolescência na companhia da avó Maria, com quem aprendeu a rezar, do pai Afonso e da mãe Ernestina. 
São memórias do seu romance "Ernestina" inspirado na sua mãe e onde o escritor nos conta a sua infância em Vila Nova de Gaia, a vida escolar, a descoberta do Porto a grande cidade, e as férias sempre passadas na terra Natal dos seus pais e avós, em Estevais de Mogadouro.
Fui descobrir o local onde nasceu o enorme escritor J. Rentes de Carvalho, e tentei recriar o que seria o Monte dos Judeus em 1940.

Pintura a óleo s/ tela:50x70
J. Rentes de Carvalho - Aqui Nasceu


AGRICULTURA

Transplante de uma videira americana, que tinha sido reproduzida por mergulhia (ver aqui) no ano passado.
Pós-mergulhia de videira
1 - No ano passado mergulhei as pontas das videira na terra. Como se vê na fig.1 ficaram muito bastas. Este ano, como entretanto ganharam raízes é possível fazer o transplante para outro local.
2 - Decidi mudar uma de local. Tirei a terra em redor da planta a transplantar e descobri a nova raiz. Como é bem visível raiz não falta.
3 - Abri um novo buraco onde vou transplantar a nova planta.
4 - Cobri a raiz com terra e coloquei estrume biológico em grão sem ficar em contacto com a raiz.
5 - Acabei de encher o buraco com terra, calquei a restante terra e reguei com abundância. Este ano já deve dar dois ou três cachos.

Pencas da Póvoa e Mirandela

PENCAS DA PÓVOA E MIRANDELA

Está na época de plantar algumas pencas. Comprei como é costume da Póvoa de Varzim e Mirandela. De cada vez que planto não ultrapasso os 50 pés. Como é pouca quantidade não semeio e compro a planta já enraizada e com um pequeno terrão, assim as plantas não estranham nada a mudança de local. Comprei 25 de cada qualidade a 5 centimus cada pé. 50 pés 2,5€.
Terra bem cavada e estrumada, (eu uso o estrume biológico em grão) um pequeno buraco para colocar a planta, ter o cuidado de nunca tapar o olho, regar um pouco em redor da planta, e está pronto. Daqui a um mês e meio já se começam a comer as maiores. Não vale a pena esperar que cresçam muito, depois vêm todas ao mesmo tempo e não damos vasão há colheita.