quarta-feira, 7 de março de 2012

Praia do Areinho - Avintes

PINTURA

Praia do Areinho - Avintes
Vou terminar o ciclo dos casamentos a que fui convidado em 2010. O terceiro foi do meu sobrinho Pedro e da Rita. O casamento foi na igreja da Areosa no Porto. A boda foi na quinta "Pérola do Rio".  Esta quinta está situada junto ao rio Douro, na praia do Areinho, na freguesia de Avintes, em Vila Nova de Gaia. Esta freguesia é conhecida pela famosa broa de Avintes, ótima para acompanhar o Caldo Verde. A praia do Areinho fica situada na margem esquerda do Douro a cerca de 10 Km da foz. É uma praia fluvial com extenso areal que para além do sol e dos mergulhos permite jogar umas "futeboladas".
Quanto ao rio Douro, nasce em Espanha, na Serra do Urbião  e desagua no oceano Atlântico, entre as cidades do Porto e Vila Nova de Gaia, depois de percorrer cerca de 900 Km. É o segundo maior rio da península ibérica, a seguir ao Tejo. O seu curso é fronteira natural entre Portugal e Espanha ao longo de 122 Km, a seguir percorre em território português 213 Km, atravessando toda região duriense, berço do mundialmente apreciado "Vinho do Porto".
A imagem que pintei foi captada da margem direita do rio, em Valbom, Gondomar, onde é possível ver todo esplendor da bela praia fluvial e ao centro com muro branco a entrada da quinta "Pérola do Rio"

Esta pintura é para os meus sobrinhos, Pedro e Rita.

Praia do Areinho - Avintes
Óleo:46x61

AGRICULTURA

Hoje vou mostrar como faço os meus enxertos utilizando o método de "garfo"


Enxertos pelo método de "garfo"

Os enxertos de garfo devem ser utilizados quando queremos pôr uma planta brava a dar frutos, ou quando queremos variar o tipo de fruto numa que já está a produzir.
Estes enxertos devem ser feitos de fevereiro até ao início da primavera, antes das plantas entrarem em floração. A sabedoria popular diz que este tipo de enxertos deve ser feito por volta do Carnaval.
O caso que vou mostrar trata-se de uma cerejeira. Como esta árvore dá frutos por volta de maio, vou enxertar com garfos de outra cerejeira que frutificam mais tarde, por volta de junho. Com este sistema vou passar a ter frutos mais tempo e de qualidades diferentes, primeiro as cerejas brancas e depois as vermelhas.

Fig. 1 - Cortam-se pontas com cerca de 20 cm da árvore "dadora" os chamados "garfos". Utilizando uma faca bem afiada, damos dois cortes em forma de V, que devem ser dados de um só golpe, para que a superfície fique totalmente plana.
Fig. 2 - Num ramo da nossa árvore, a "hospedeira" escolhemos um da espessura do que vamos enxertar, chamado "cavalo" e damos um corte transversal, abrindo um lanho ao centro, onde introduzimos o garfo. É fundamental que a casca dos dois elementos fique unida.
Fig. 3 - Utilizando ráfia apertamos muito bem os dois elementos, até aqui estranhos, para que a seiva da árvore alimente o "garfo".
Fig. 4 - Com um liquido viscoso, isolamos todo o enxerto para que a seiva não se perca e a união não seja infetada por elementos externos.

Passados uns meses quando a união já está "soldada" e o garfo com folhas, dá-se um corte na ráfia, o ramo vai crescendo e a ráfia acaba por cair.
Este método tem elevada percentagem de êxito. Utilizo em kiwis, macieiras, pereiras, ameixoeiras, pessegueiros e agora em cerejeiras.