Foi nesta casa em Vila Nova de Gaia que a 15 de Maio de 1930, nasceu o escritor J. Rentes de Carvalho. O seu monte, a sua rua, a sua casa com escadas.
Nove meses após a festa de S. Lourenço em Estevais de Mogadouro, Trás-os-Montes, nascia J. Rentes de Carvalho. Foi nessa festa a 10 de Agosto de 1929 que o escritor julga que foi gerado. São revelações do seu romance "Ernestina" para mim, a sua melhor obra.
Esta era a casa do seu avô José Maria, um seu herói, e onde Rentes de Carvalho foi criado. José Maria guarda-fiscal de profissão, comandou o posto da Afurada, era um pedagogo nato, e era ao colo do avô, que através da janela, o jovem Rentes de Carvalho aprendeu a ver a cidade do Porto, o panorama do rio Douro, as suas cheias, a ponte de D. Luiz, os armazéns do Vinho do Porto, o fogo de artifício na noite de S. João.
O avô através da janela tudo lhe ensinava. Ansioso esperava o seu herói sentado no cimo das escadas. O avô era a calma e o aconchego. Em frente a sua casa ficava o Largo do Monte dos Judeus, isto na boca do povo, hoje chama-se: Monte Coimbra. Para o jovem Rentes este largo era vasto como um mundo, hoje é um espaço diminuto ao cimo de uma tosca e estreita escadaria medieval. Brincava à porta de casa, um espaço não calcetado, poiso de cães e gatos vadios, esperando pelo avô, que trazia o "Janeiro" onde aprenderia a ler. Aqui passou a adolescência na companhia da avó Maria, com quem aprendeu a rezar, do pai Afonso e da mãe Ernestina.
São memórias do seu romance "Ernestina" inspirado na sua mãe e onde o escritor nos conta a sua infância em Vila Nova de Gaia, a vida escolar, a descoberta do Porto a grande cidade, e as férias sempre passadas na terra Natal dos seus pais e avós, em Estevais de Mogadouro.
Fui descobrir o local onde nasceu o enorme escritor J. Rentes de Carvalho, e tentei recriar o que seria o Monte dos Judeus em 1940.
J. Rentes de Carvalho - Aqui Nasceu
AGRICULTURA
Transplante de uma videira americana, que tinha sido reproduzida por mergulhia (ver aqui) no ano passado.
Pós-mergulhia de videira |
1 - No ano passado mergulhei as pontas das videira na terra. Como se vê na fig.1 ficaram muito bastas. Este ano, como entretanto ganharam raízes é possível fazer o transplante para outro local.
2 - Decidi mudar uma de local. Tirei a terra em redor da planta a transplantar e descobri a nova raiz. Como é bem visível raiz não falta.
3 - Abri um novo buraco onde vou transplantar a nova planta.
4 - Cobri a raiz com terra e coloquei estrume biológico em grão sem ficar em contacto com a raiz.
5 - Acabei de encher o buraco com terra, calquei a restante terra e reguei com abundância. Este ano já deve dar dois ou três cachos.
Pencas da Póvoa e Mirandela |
PENCAS DA PÓVOA E MIRANDELA
Está na época de plantar algumas pencas. Comprei como é costume da Póvoa de Varzim e Mirandela. De cada vez que planto não ultrapasso os 50 pés. Como é pouca quantidade não semeio e compro a planta já enraizada e com um pequeno terrão, assim as plantas não estranham nada a mudança de local. Comprei 25 de cada qualidade a 5 centimus cada pé. 50 pés 2,5€.
Terra bem cavada e estrumada, (eu uso o estrume biológico em grão) um pequeno buraco para colocar a planta, ter o cuidado de nunca tapar o olho, regar um pouco em redor da planta, e está pronto. Daqui a um mês e meio já se começam a comer as maiores. Não vale a pena esperar que cresçam muito, depois vêm todas ao mesmo tempo e não damos vasão há colheita.
4 comentários:
Muito bem! Cada quadro uma história, e cada vez melhor executado.
Parabéns!
Petição para a Publicação de «Portugal, a Flor e a Foice» de José Rentes de Carvalho. Vejam aqui: http://www.peticaopublica.com/?pi=PFLJRC Se concordarem, assinem e divulguem. Obrigado.
Olá professor Manuel
É um orgulho receber um elogio assim. Vindo de um grande mestre da pintura o gosto ainda é maior.
Abraço
André muito obrigado pela petição a J. Rentes de Carvalho. Já assinei.
Foi da maneira que conheci o seu blogue: Ainda que os Amantes se Percam..."
Parabéns, vou continuar a acompanhar.
Adélio Martins
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